Oficinas temáticas H&A

Na esgrima H&A da nossa Sala de Armas, trabalhamos, por regra, em duas oficinas temáticas, correspondentes às épocas históricas onde o Lusitano mais uso fez da sua espada, em defesa do Mundo Português de então: Os Séc. XVI e XVII
As singulares características desta arte, marcaram o surgimento da esgrima como modo de combate civil, resultando na proliferação em toda a Europa e, sem dúvida em Portugal, de diferentes escolas e estilos de duelo, que felizmente chegaram aos nossos dias, graças à sobrevivência de alguns manuais da época e ao empenho de muitos praticantes em interpretar correctamente esses tratados.





O Portugal de Quinhentos


A esgrima desta época de aventureiros, vice-reis e soldados inicia a sua derradeira transição de uma prática essencialmente militar, para um contexto de combate civil.
Privilegiando-se, ainda, o corte, é aqui, contudo, que o ataque por estocada tem a sua raiz, exigindo o apuramento de técnicas de parada, batimento e esquiva capazes de fazer face à própria evolução da espada quinhentista.
Era ainda comum o uso do braço não armado (ou armado com adaga), aplicando-se técnicas corpo a corpo quando necessário. Os deslocamentos são essencialmente não lineares, sendo comum o uso de "círculos de combate" para treino de deslocamentos circulares (úteis em becos e vielas).



As Guerras da Restauração

A espada de copos foi a companheira do cavalheiro da era de seiscentos. Tomou parte nas mais acesas disputas, quer pela honra, quer por razões romanescas onde não faltavam desafios por motivos menos nobres e, por vezes, irrisórios.
No entanto, muitos foram aqueles que se uniram por amor ao ideal pátrio, durante os 28 anos que marcaram o golpe de mão que deu início à restauração da independência de Portugal em 1640.
Sendo uma arma robusta mas rápida, a espada seiscentista deu primazia à estocada sobre o corte, estabelecendo-se, definitivamente, a necessidade do combatente ter boas bases de esgrima, surgindo assim toda uma gama de técnicas que resultaram nos princípios que ainda hoje se podem observar na esgrima moderna.
Os deslocamentos tornaram-se mais lineares, os ataques e paradas mais rápidos e estratégicos, e o jogo de pulso cada vez mais subtil.